domingo, 21 de setembro de 2008

O que não tem fim sempre acaba assim.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda. Assim pude trazer você de volta pra mim.
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim.
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi...

When will this end, it goes on and on.
Over and over, and over again.
Keep spinning around, I know that it won'tstop
'Till I step down from this for good.

Mamma mia, here I go again.
My my, how can I resist you?
Mamma mia, does it show again?
My my, just how much I've missed you.
Yes, I've been broken hearted.
Blue since the day we parted.
Why why did I ever let you go?
Mamma mia, now I really know.
My my, I could never let you go.

E a gente vive assim, querendo o que não tem fim.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Eu, que não amo você, envelheci dez anos ou mais neste último mês.

Nove de setembro de 2008 é uma data marcante e dolorida. Foi em um nove de setembro, há longínquos vinte e quatro meses, que o sonho começou. E há exatamente um mês o sonho chegou ao fim.

Dois anos atrás, ficamos pela primeira vez. Lembrando disto, agora, parece tão distante que eu quase não lembro como foi que as coisas se desenrolaram, a tal ponto que, depois que tudo acabou, ficou um vazio, como se uma parte de mim tivesse sido arrancada com tanta força que, mesmo depois de trinta longos dias, continua a doer.

É claro que eu sinto falta de carinho, de atenção, da companhia sempre sincera, de sexo, de afeto, e de todas essas coisas que se foram naquele nove de agosto. Mas o que incomoda, de verdade, é a convicção de que poderia ter sido para sempre. Dói ver os planos que até bem pouco tempo atrás eram viáveis caírem por terra de repente. Depois de tantas idas e vindas, o fim, agora, é definitivo. E, honestamente, continuo sem saber se acho que isto é motivo para alívio ou desespero.


"Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais. Se você tivesse tido calma pra esperar. Se você quisesse poderia reverter. Se você crescesse, e então se desculpasse. Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo...É que eu não posso mais."
(Digitais - Isabella Taviani)

sábado, 6 de setembro de 2008

A intensidade é uma doença contagiosa...

...E eu não concebo a vida sem contágio.

Hoje, fui assistir a "Nome Próprio". Mais de um mês depois de entrar em cartaz, finalmente tomei coragem e fui ao cinema. Motivo: acreditava que seria um filme denso demais, intenso demais, e que meus nervos não aguentariam. No fim das contas, eu estava certa. O filme tocou tão fundo que, ao sair da sala, as lágrimas escorriam, tímidas ainda, pelo meu rosto. Tirando o fato de a personagem principal dormir com o elenco inteiro, me identifiquei totalmente com ela. No fundo, acho que todos só queremos encontrar uma resposta para todos os problemas, um oásis, um descanso do caos cotidiano. Muitas vezes, essa resposta vem traduzida em uma pessoa. É daí que vem a necessidade de amar, de ser amada, de sentir tudo de todas as maneiras, de viver intensamente, até a última gota. Ela queria ser dominada, porque nunca teve limites; eu, ao contrário, quero voar para fora da minha gaiola. Eu queria um bote salva-vidas, não para me resgatar de uma vida sem limites mas, ao contrário, para me dar uma vida nova. Talvez, apesar de tudo, o grande erro tenha sido meu, afinal. Por tentar depositar minha esperança de uma vida mais excitante nos ombros de uma só pessoa. Uma vez, eu escrevi que não estava esperando o príncipe encantado, que vinha em um carro preto para me salvar. Hoje, porém, penso que não estava sendo honesta quando afirmei isto. É certo que não tenho vocação para mocinha de família, dona de casa perfeita ou Amélia. Mas ainda procuro alguém que me resgate da minha condição de espectadora passiva da própria vida. E isto, eu decididamente não poderia encontrar nele.



Eu já devo ter dito em algum lugar, mas não custa repetir: quando eu estou melancólica, escrevo muito melhor. Sinto falta de fazê-lo com mais freqüência. Havia me esquecido de que escrever me dá tesão, me faz sentir viva, me faz ter sentido.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Angel of Music.

Quem me conhece sabe o quanto a banda Nightwish significa para mim. O som toca na alma, as letras traduzem muitos dos meus sentimentos, desde a primeira ouvida houve uma identificação.

Acima de tudo isso, porém, sempre admirei a ex-vocalista, Tarja Turunen. Não só a voz perfeita, como as atitudes, a postura, a presença de palco, o bom humor, a simpatia. Enfim.

A primeira vez que a vi ao vivo foi frustrante. Apesar de ter passado oito horas na fila da casa de shows, acabei assistindo tudo pelo telão. A voz continuava bombástica, mas não consegui vê-la de perto uma única vez sequer.

Por isso, sabia que não podia perder a oportunidade de vê-la novamente. E isso aconteceu ontem, em seu primeiro show no Brasil em carreira solo. Apesar de não ter chegado cedo, consegui um lugar privilegiado, na grade, como se diz, de cara para o gol.

E posso dizer que, em minha humilde opinião, foi o melhor show da minha vida, superando, inclusive, o do próprio Nightwish. Ela estava muito mais simpática, solícita e falante na noite de ontem. Falou em português com a platéia durante boa parte do show, tocou piano, interagiu com o público... enfim, parecia uma pessoa completamente diferente daquela Tarja que esteve aqui quatro anos atrás, e que praticamente só abriu a boca no palco para cantar.

Não há como descrever com palavras a sensação de ver seu ídolo tão de perto. Eu poderia tentar escrever uma resenha do show, mas isso vai ter que esperar. Por enquanto, a euforia ainda é grande para permitir uma análise racional. No momento, não consigo nem avaliar se a qualidade do som estava boa, se ela desafinou, se os músicos da banda são bons, nem nada. A única coisa que posso dizer é que estou em êxtase. Logo quando ela começou a cantar a emoção tomou conta de tal forma que eu só conseguia berrar toda a letra da música, como se ela pudesse me ouvir. Acordei sem voz esta manhã, mas valeu a pena.

Seria tietagem eu dizer que ela me deu tchauzinho e fez o sinal típico do heavy metal \,,/ para mim, e que fiquei tão perto do palco que meu amigo chegou a tocar a mão dela. Mas, fanatismos à parte, é inenarrável a emoção que senti naquele momento. Era eu, a música, e mais nada. A realização de um sonho. Um motivo para eu pensar que, apesar do gosto amargo que este agosto deixou, sempre existe uma luz no fim do túnel.
"For my dreams I hold my life, for wishes I behold my nights."

No fim das contas, acabou sendo um ótimo desfecho para um mês que trouxe tantas intempéries. Agora, que venha o Nightwish, em novembro. :)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer.

Engraçado como quase uma semana depois eu continuo sentindo um certo desconforto ao falar sobre o assunto, e mesmo ao escrevê-lo. Não consegui sequer tirar as fotos dos porta-retratos no meu escritório. É uma sensação estranha, quase como uma felicidade mórbida, como se o fato de as fotos estarem ali significasse que ainda tem um resquício, uma fagulha de esperança.

Tá tudo tão errado que parece certo, e eu gostaria de ainda ter com quem compartilhar as pequenas dores do dia-a-dia.
As lágrimas praticamente secaram, mas a ferida ainda está aberta.

E ainda dói.




"...O que me dá raiva não é que você fez de errado. Nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado. Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia. Nem o que eu não vivi aprisionada em sua teia. O que me dá raiva são as flores e os dias de sol. São os seus beijos, e o que eu tinha sonhado prá nós. São seus olhos e mãos e seu abraço protetor. É o que vai me faltar. O que fazer do meu amor?..."

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Over and over and over again.

when will this end? it goes on and on...

Amanhã, mais um período começa. Desta vez, às sete da manhã.
É estranho, mas a volta às aulas tem um significado diferente quando se é criança.
Lembro que sempre ficava ansiosa nesta época quando pequena. Aquele entusiasmo de reencontrar os amigos, a expectativa de novas experiências, etc e tal.
Hoje, tudo o que penso é: que merda, vou ter que acordar às seis SEIS S-E-I-S horas amanhã e não vou mais ter tempo de ver meus filmes, ler meus livros e bater perna pela rua a hora que bem entender! ¬¬'

Mas enfim, vamoquevamo. Se não for por mais nada, só para me lembrar que as propagandas hoje em dia andam idiotas e que eu preciso me formar logo para salvar o mundo da publicidade.
ha-ha

sábado, 2 de agosto de 2008

A simple kind of life.


And all I wanted was the simple things, a simple kind of life.
And all I needed was a simple man, so I could be a wife.

O cenário era a praia de Copacabana, com o sol costumeiro ofuscando a vista dos transeuntes, que caminhavam despreocupadamente em uma manhã de Domingo. O vento batia em meu rosto e a vida parecia, por um momento, ter dado uma trégua. Nada de problemas, nada de preocupações, naquele instante, era só eu e o mar.
Então, passando os olhos aleatoriamente pela massa de pessoas que se movimentavam pela orla, presenciei uma cena corriqueira e banal, mas que, nem por isso, me pareceu pouco importante.
Uma família caminhava, tranqüila, alheia à algazarra ao redor. O jovem casal e a filhinha conversavam e riam, de uma maneira simples e encantadora, ao mesmo tempo.
Duvido muito que mais alguém tenha reparado na cena. Em mim, porém, ela desencadeou uma reflexão que durou até o fim do percurso.
Nunca fui daquelas mulheres com sonhos pré-fabricados. Nunca esperei o príncipe encantado, que chegaria em um cavalo branco para me salvar de todos os males. Nunca quis ser a mulher passiva, cuja única obrigação é cuidar da casa e das crianças e cujo maior objetivo na vida é casar com um homem que a sustente. Nem mesmo queria ter filhos. Sempre tive minhas próprias metas, que, apesar de incluírem ter alguém ao meu lado -afinal, é impossível ser feliz sozinho-, nunca se resumiram a virar uma típica Amélia, boazinha e submissa, cuidando da família como seu bem mais precioso. Ao contrário, sempre desejei seguir a carreira que eu escolhi, trabalhar naquilo que gosto, ter meu próprio dinheiro, meu carro, ser independente, enfim.
E eis que, de repente, me dou conta de que certas prioridades acabaram mudando. Não sei precisar em que momento isso aconteceu, mas sinto como se, agora, fosse necessário mais do que uma carreira sólida e independência financeira para eu ser feliz. Descobri que eu quero, sim, no futuro, me casar, ter alguém com quem dividir as alegrias e as angústias, e que isso não faz de mim uma pessoa fraca. Ainda tenho meu lado feminista, e ainda me considero um pouco workaholic, mas, agora, ter uma família a administrar e o êxito profissional já não me parecem atividades tão impossíveis de ser conciliadas.

E quando a gente começa a pensar sobre essas coisas durante uma caminhada matutina, é sinal de que estamos ficando velhos... =P