Engraçado como quase uma semana depois eu continuo sentindo um certo desconforto ao falar sobre o assunto, e mesmo ao escrevê-lo. Não consegui sequer tirar as fotos dos porta-retratos no meu escritório. É uma sensação estranha, quase como uma felicidade mórbida, como se o fato de as fotos estarem ali significasse que ainda tem um resquício, uma fagulha de esperança.
Tá tudo tão errado que parece certo, e eu gostaria de ainda ter com quem compartilhar as pequenas dores do dia-a-dia.
As lágrimas praticamente secaram, mas a ferida ainda está aberta.
E ainda dói.

"...O que me dá raiva não é que você fez de errado. Nem seus muitos defeitos, nem você ter me deixado. Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia. Nem o que eu não vivi aprisionada em sua teia. O que me dá raiva são as flores e os dias de sol. São os seus beijos, e o que eu tinha sonhado prá nós. São seus olhos e mãos e seu abraço protetor. É o que vai me faltar. O que fazer do meu amor?..."
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